terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Voe..

  • Tudo me parece sem razão agora, lembro
  • de cada palavra.
    Lembro das primeiras conversas, das primeiras risadas, dos primeiros toques, dos primeiros beijos, dos poucos acertos de nosso desacerto...
    Até que você decidiu voar...em busca da liberdade...E eu que não tenho asas apenas te vi indo, na sua busca por liberdade..
    Agora me pergunto "Por que não aprendi a voar?"Um dia novamente verei teus olhos brilhando com falas comigo ou se apenas os verei mais uma vez.Eu não sei...
    Se eu tivesse te amado,lutado mais, não teria perdido você , se eu tivesse feito minha mochila e e partido com você em busca desse sonho romântico e hippie. Quem sabe possa um dia alcançar o que me mostraste...e quem sabe um dia quando o tempo for belo encontre novamente o amor que por ti senti.


  • Texto de Karla Maneta

domingo, 29 de dezembro de 2013

Para minha Amiga

Essa noite que era dia, onde meu sono veio tive sua visita em meus sonhos, caminhamos e conversamos sobre as coisas da vida. Me senti bem com sua companhia das bobeiras que falamos de como sorrimos dos desencontros da vida, como foi bom sonhar com você me falando que me ama e eu confessando que também te amo apesar de não sermos mais amantes somos amigos como foi bem no começo de tudo. Saber de suas coisas e poder contar as minhas...
Que tempo estranho é esse que vivemos onde tudo termina e vira pó de coisa bela sobram apenas magoas, dores que parecem incuráveis e ao mesmo tempo tão bobas.
Desejo muito que esse sonho um dia se torne realidade, pois sua amizade sempre me foi importante.

Prisão

Liberdade, palavra bela que tanto significa àqueles que não a tem.E não me refiro só aos serem que vivem em prisões de grades e muros, pois as maiores prisões são as que nos impedem de viver o que realmente queremos, o que desejamos.
Celas construídas durante muito tempo nas nossas mentes que acabam por prender o coração, proibido de voar acaba por sangrar, permitindo que o vazio avance sem nada que possa para-lo. Quando damos conta o estrago esta feito e no meio de tanta coisa que achávamos certas encontramos apenas um corpo desprovido de vida, cheio de marcas e de sofrimento que grita, clama por um sopro de felicidade a muito perdida. Abrimos mão de muita coisa por achar que isso ou aquilo mereça tal esforço, o tempo passa e acabamos abrindo mão de tanta coisa, de pessoas, de sorrisos, abrimos mão da própria vida.

"Olá escuridão, minha velha amiga
Vim conversar com você de novo
Porque uma visão um pouco arrepiante
Deixou sementes enquanto eu dormia
E a visão que foi plantada em meu cérebro
Ainda permanece dentro do som do silêncio"

Acabamos conversando apenas com a escuridão, sem ter mais onde ir pois o que importa de verdade se perdeu a muito na vastidão do tempo que não tínhamos para abrir mão.
Ao nos libertarmos enfrentamos nossa maior batalha, deixar as amarras que por tanto tempo nos acompanhou, não é fácil afinal ela sempre esteve ali, ver as pessoas que acham as amarras confortáveis se afastando, seres que diziam te amar e que você ama partindo, quando na verdade é você que esta indo. Procurar a liberdade as vezes é solitário.
Até você encontra-la, pois ao achar a liberdade também se encontra outras pessoas que assim como você se livraram das amarras que te limitavam, como um refugiado que encontra seus compatriotas no exílio, sem a vontade de voltar ao pais que os prendia. 
Nossa alma deseja, ama, chora e sorri e ao recusar o que ela nos diz, nos matamos aos poucos e de pouco em pouco nos prendemos, e quando a ouvimos vemos o brilho do que a vida tem a oferecer...Somos almas presas em corpos, então que pelo menos os corpos sejam livres.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Momento Friend Zone

Moça queria um dia te encontrar em outra época, talvez quando estivermos mais velhos eu gostaria de lhe encontrar de coração vazio pra que eu possa fazer um jardim lá dentro. No entanto neste tempo que nos é dado não posso faze la feliz, existe outro ser em seu caminho, me impedindo de demonstrar a beleza do que sinto por ti, um limitador que me diz que o melhor é ser apenas amigo para quando precisares. 
Quem sabe um dia com flores de outono transforme sua vida em primavera, e me permita secar tuas lagrimas de inverno tornando todos os seus dias em verão.
Caminhar a teu lado sem precisar esconder a maior parte do que sinto por ti pela tua existência, sem precisar parecer forte, escolhendo palavras para não causar constrangimentos indevidos, sem macular exemplar amizade que digo ter, quando na verdade o que mais desejo são teus beijos. 
Só me resta pedir ao tempo, um novo tempo para quem sabe um dia amar-te de forma pura e simples, sem medo.

Até um futuro...

Não sei...

Tudo tem no tempo sua função, nos é dado o tempo de sorrir e de chorar, o de abraçar e de partir. Somos figuras do tempo numa estranha construção de entrelaces que parecem desfeitos, quando na verdade estão se fazendo para chegar a um ponto que não conseguimos ver muito menos entender.
Queria tem o poder de ver o tempo, saber de tudo que aconteceu e o que vai acontecer assim não seria, não sofreria por laços desfeitos, pois saberia que é apenas mais um laço se fazendo, num emaranhado de laços, ações e reações.
Enxergar as tramas do destino, ver cada fio que nos conecta que cria esse consciente coletivo que nos faz crer que tudo vai melhorar, nossas vidas nada mais são de que fios interligados onde uma ação pode mudar tudo mas essa mudança já era parte da trama.
Um grão de areia no lugar certo pode gerar a maior das guerras ou impedir que elas aconteçam.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Poeira...








Eu fecho meus olhos
Apenas por um momento
E o momento se foi
Todos os meus sonhos
Passa diante dos olhos uma curiosidade
Poeira no vento
Tudo que eles são é poeira no vento...
Ouvindo a musica do Kansas e lembrando de uma pessoa que se foi, penso em como tudo nessa vida é passageiro, de como só as lembranças deixamos para as pessoas que nos amaram. Essa Maria me cativou com graça e simplicidade, nas nossas conversas de coisas simples do amor que compartilhamos por algumas pessoas. A vida nos deixou distantes, pois amamos e desamamos muito fácil nessa vida. mas hoje ao saber que esta Maria se foi percebi que por um tempo amamos a mesma pessoa de formas diferentes e por esse amor criamos um laço próprio e me sinto meio culpado por não o te-lo mantido mesmo depois de tudo. Sempre achamos que teremos tempo e tempo é a única coisa que não temos, é ele que nos tem...
Somos poeira de estrela vagando por esta terra em quanto o tempo permite, e esta permissão pode acabar a qualquer instante.
Sejamos o que podemos ser e amemos a todos que possamos pelo tempo que possamos, por que no fim somos apenas poeira ao vento.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Segundo Segredo

Noite de sexta-feira, a aula termina sempre mais cedo pois é dia de ir para o laboratório...
Eu e Sonia saímos da faculdade para irmos ao tiozinho o plano era ir comer e ver o que acontecia. Durante nosso lanche meu telefone toca:
-Pronto do que precisa gata?
Do outro lado esta a Elo uma amiga.
- Então gato, to meio enrolada vim parar num beco meio tenso, você pode vir me pegar?
- Ta por que não, onde é o beco ?
-Saca a UCDB?
-Sim, sei...
-Então vem pro rumo da UCDB, quando chegar umas quatro quadras me liga.
-De boa, mas e ai qual o problema?
- Nada de mais, lugar chato e um maluco casado no meu pé, querendo me agarrar.
- Só, relaxa que to caindo pra ai.  E desliguei.
- E ai mano, quem era?
- A Elo, ta meio enrolada, pediu ajuda.
- Bora então.
Partimos do tiozinho até a UCDB.
Eu, Sonia e o Jonny Blue começar a missão de resgate.
Chegamos ao local indicado e liguei pra Elo:
-Fala gato, estão a onde?
- Na esquina perto de um bar, a quatro quadras da UCDB.
- Massa, vira na próxima a direita, na segunda rua vira a esquerda , tem uma casa com portão aberto cheio de carro na frente, to aqui esperando.
As ruas em questão eram sem asfalto sem muita iluminação, poucas casas então acabou não sendo difícil achar a casa em questão, uma casa grande muro alto e bem isolada, Elo estava na frente nos esperando.
- Bora maluca, vamos vazar.
- Não da, a minha irmã ainda ta lá. Preciso pegar ela.
- Então que precisa?
- Oi Sonia? Não sabia que você ia vir junto.
- Fala serio, eu não vir pra uma missão de resgate, ainda mais quando o Marcos pede.
- Mas diz ai, gata que esta acontecendo e por que não podemos simplesmente cair fora, esse lugar é meio sinistro.
- Então Marcos a parada é que eu e minha irmã viemos pra cá com um cara bem minha irmã ta afim de um amigo dele, ela saiu com ele e sumiu. Ai o cara que nos trouxe quis ficar comigo, mas sabe né gato não fico com cara casado.
- Sei, mas ai?
- Bem o cara vazou já que eu não quis ficar com ele, não conheço ninguém aqui e a minha grana ta com a Carla, então liguei.
- Então bora achar a maluca da tua irmã e sair fora que a noite ta só começando e to a fim de beber hoje.
Sonia sempre direta e a fim de ficar chapada, mas ela estava certa o lugar era bem zuado, não estávamos a fim de ficar por lá, não parecia um lugar muito divertido, mas devo confessar que quando entrei pelo portão, quase mudei de ideia tinha algumas pessoas, muitas mulheres bonitas bebida a vontade, uma piscina com muita gente dentro algumas mais do que nadando.
Peguei uma cerveja afinal já que estava ali...
Entramos na casa eu, Elo e a Sonia. Uma sala grande com uma escada que dava acesso a um segundo andar, na mesa de centro da sala tinha um monte de coisas, carreiras de cocaína e cigarros de maconha. Tinha de tudo pra deixar você chapado, bem a Sonia não resistiu pegou um cigarro de maconha acendeu:
-Cara olha isso tudo, sua irmã deve estar doidona Elo.
- Com certeza.-  Elo respondeu com um sorriso.- e é por isso que nós temos que achar ela, eu sei que ela exagera, ainda mais com toda essa oferta.
Subimos as escadas, tinha um corredor  que se estendia por alguns metros e virava para a esquerda, tinham varias portas, abrimos uma por uma. Algumas estavam ocupadas, mas a Carla não estava em nenhum deles quando chegamos à parte que o corredor virava vimos vários caras fazendo uma fila na porta de um quarto, no momento algo que me dizia que tínhamos encontrado o que procurávamos. Pedi pra meninas ficarem ali e fui em direção a porta, um cara me disse:
- Espera sua fez véio, tem fila e aqui não rola furar. – O cara começou a rir, todos ali pareciam estar bem alterados.
- Mano, eu acho que minha irmã ta nesse quarto. – Todos que estavam na fila saíram dali rapidamente, nesse momento a porta abriu o cara saiu arrumando as calças olhou pra mim e disse:
- Acho que você não vai se divertir muito, ela já ta bem apagada. – saiu e as meninas estavam vindo pra perto.
- Fica ai Elo.
Eu abri a porta. No quarto tinha uma cama grande com uma garota caída em cima dela, não dava pra falar que estava deitada, estava jogada de bruços, me aproximei falei com ela e não ouve resposta toquei seu ombro e a virei, seu nariz estava sangrando, seus olhos estavam fechados e com alguns hematomas no rosto sangue estava esparramado por toda a cama. Chamei mais algumas vezes ela abriu um pouco o olho e balbuciou:
- Não quero mais, por favor ta doendo muito...
Ela apagou novamente, enrolei o corpo dela com o lençol todo manchado de sangue, peguei-a no colo sai pela porta a Sonia e a Elo estavam me esperando. Nunca me esqueci do olhar das duas, elas me encaram com espanto e dor.
- Marcos ela esta ...
- Não Elo, esta só desmaiada, mas precisamos ir pro hospital, rápido.
Descemos as escadas com o corpo da Carla em meus braços enrolado num lençol, ninguém se quer prestou muita atenção no que estava acontecendo, até parecia normal. Chegamos no carro e a pus no banco de traz e fiquei com a cabeça dela no meu colo, Elo parecia em choque não disse mais nada durante todo o trajeto até o hospital. Ficamos na sala de espera em quanto a Carla era atendida, o silêncio era cortante, mas não cabiam palavras.
Às Seis da manhã o médico chega:
- Ela vai ficar bem, não corre mais perigo. Mas eu vou precisar chamar a policia, alias já chamei e vocês vão ter que explicar o que aconteceu.
Contamos a historia para policia, fizemos o boletim de ocorrência e esperamos até às oito da manhã foi quando a Carla acordou, Elo entrou conversaram bastante, eu e Sonia ficamos do lado de fora.
- Cara o que aconteceu? Velho como ela vai ficar? Não sei o que fazer nem o que falar...
Uma das poucas vezes que a vi chorar foi neste dia. Sonia é e sempre foi uma mulher forte um dos seres mais fortes que já conheci, neste dia não só criamos um segredo, mas acabamos por compartilhar antigos.
- No fim acho que tanto eu quanto você sabemos o que falar, não é minha amiga?
- Sim.
Quando a Elo voltou encontrou nós dois abraçados e com os olhos cheios de lagrimas.
- Ela quer falar com vocês.
Entramos, ela estava deitada com um sorriso meio apagado, um grande hematoma em baixo do olho esquerdo, e alguns aranhões no rosto.
- Você ta acabada gata.
- Mandou mal Sonia, você não vê que ela acabou de acordar é normal estar meio acabada.
- Você é uma graça Marcos, além de ser meu salvador, a Elo me contou.
- Aquela, dedo duro.
- Sabe que não podia ficar sem contar essa, alias eu também preciso te agradecer, não sei o que teria acontecido se você não tivesse ido lá. Quer dizer, se vocês dois não tivessem ido.
- Relaxa, eu sou a mulher certa pra esse tipo de resgate.
- É Sonia, a gente sempre sai pra salvar pessoas na sexta à noite. Mas me diz Carla, como você esta?
- Acho que bem Marcos, a policia falou comigo, eles vão atrás dos caras e provavelmente vocês terão que testemunhar, mas quero pedir que isso ficasse só entre nós, sabe to com vergonha de tudo...desculpe por ter feito isso com vocês.
- Você não fez nada, quem fez foi aquele babaca. Não se envergonhe por nada disso, somos amigos e tudo ficara entre nós.

Assim nasceu o segredo de Sexta e durante muito tempo não falamos sobre ele, Carla ficou viva e apesar de minha opinião em relação à psicologia, devo admitir que a terapia ajudou, a seguir. Eu e Sonia ganhamos um assunto que só podíamos falar entre nós e por um tempo foi bem barra não poder falar sobre isso com o Lucas e com o Eric, mas nunca foi problema sempre tem algo que amigos simplesmente não podem saber. E se são verdadeiros amigos eles entendem.

Você

Sera que ela vira, a angustia de espera-la é quase tão insuportável quando a sua ausência, esta tarde passa a muito do combinado. Vou esperando e lembrando do beijo que toca meus lábios com leveza e também com vontade de ter de ser...
Arrepio de pensar no toque da sua pele na minha das peças de roupa caindo pelo caminho, o seu sorriso meio sem graça quando olho teu corpo a respiração mais pesada quando te beijo a nuca e te abraço.
Sinto o gosto da sua pele junto a pensamentos lembranças de quando com ela percorri todo seu corpo, o beijar os seus seio deixando-os mais sensíveis e depois descendo pela barriga beijando cheirando até chegar em seus quadris ainda de calcinha, vou tirando ela como se embaixo dela tivesse o maior dos tesouros até acha-la com minha linguá meus lábios minha alma.
Mas dessa fez você não veio fico aqui com lembranças que mais parecem sonhos...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Busca

Cada dia vejo o que se foi,
Oque esta e onde esta,
Caminho com calma,
assim não vou tão longe da alma,
Canto canções que só eu sei o que significam.
Vejo e pre vejo sinais que mais ninguém sabe ler.
De olhos distintos sinto, e choro sozinho em minha cama.
Argumentos de um existir inexistente, perdido no tempo, na lama do que seria.
Penso e digo muito do sentir mas o que realmente sinto nenhum ser vivente deve saber.
O que me fascina pode ser também o que me afasta, gosto do sabor da aventura mas não corro perigo a toa.
Um quebra cabeça que não achei quem resolvesse, e começo acreditar de verdade que só o meu eu pode decifra-lo e quem sabe quando o decifrar decida apenas embaralhar de novo e deixa-lo incompleto pois como já disse o interessante da vida é a busca.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Vicio

Meus olhos não querem se fechar procurando motivos para ficar acordado, minha boca clama por algo doce para afastar o amargo que sinto um amargor que leva a sentir o coração sangrar dói tanto que o gosto de sangue feri minha linguá.
Coração tão descuidado nos últimos tempos deixado de lado, navegando sem rumo se apegando a qualquer sopro de vento que talvez o guie a um porto seguro, que nunca esta, nunca é...
Por que pensar sobre algo que queremos fugir, talvez seja a hora de assumir que sempre estarei sozinho com meus sentimentos preso numa roda sem fim que me leva a querer e ser querido, esperando a próxima paixão para nela se afogar e dela sobreviver. Sim sou alguém que precisa estar apaixonado mas que no fundo sabe que é só isso e mais nada paixão pela paixão. Um vicio nocivo e incurável, como todos os vícios preciso dele para me sentir vivo, tenho a necessidade de ser querido de ouvir do outro o que não tenho coragem de dizer a mim mesmo...
Estou sou frágil, mais do que o mundo permite que eu seja, tenho força em algum lugar distante em uma outra estação que a muito passou em mim. E fragilmente vou caminhando deixando para traz uma e outra paixão que nem mesmo tenho coragem de assumir, me curando de uma com outra e outra dose dessa droga chamada amar.

Fome

Somos todos poesias com alma de Fênix que se destroem e reconstroem com força e leveza. Cada ser leva em si a essência das suas próprias experiencias das tentativas de se construir e se destruir na caminhada.
Em dias como esse em que os encontros acontecem cheios de pluralidade de ideias e ideais, de onde surge luz para guiar aqueles que estão presos a ignorância de não saber como é estar do outro lado, um lado onde tudo é permitido, pois se sabe que a permissão é vista com compaixão e respeito a existência do outro. Quando se permite que sejamos quem somos sem julgamento ou ressentimento da diferença, começamos a perceber os ser humano em quanto individuo lutando contra sua natureza as vezes tão cruel e selvagem, nada mais é que uma criança perdida procurando por seu limite tentando descobrir o que é, e o quão longe pode ir para se realizar, se satisfazer dessa fome sem fim que nos leva a sempre querer mais.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Marias

Gosto da noite ela e a Lua são minhas amigas confidentes queridas, me mostram o que preciso ver na noite tudo fica mais claro pra mim. A noite já me fez encontrar e também me viu perder.
Tenho uma brincadeira com a Lua, eu olho pra ela e pergunto, " Luna la bela luna quem será meu novo amor?"
E de alguma forma ela responde sinto no meu coração que ela responde, me guia. Isso me levou a tantas Marias perdidas no mundo distintas entre si, Marias que amei sem sombra de duvida amei no momento em que estavam ali eu as amei. Teve Maria que passou como um flash e pouco mais que uma remota lembrança deixou, Tem Maria que lembro como foi bom, outras de como foi complicado dessas todas tenho minhas lembranças mesmo nem lembrando por que as amei naquele fugaz momento de minha existência.
Marias de vários nomes, que por algum motivo a Lua trouxe até mim, de algumas carrego marcar eternas que nunca se apagarão, em outras deixei marcas que espero que o tempo tenha apagado.
 Marias de inspiração, 
Marias de dor, 
Marias de duvida, 
Marias de colo, 
Marias de vida, 
Marias de revolta, 
Marias de medo, 
Marias e mais Marias...
Luna la bela Luna quem sera minha nova Maria?

Mea culpa

Deixe-me afogar de prazer, nos pelos da sua barba.
Deixe-me ser dominada pelo calor da noite e o suor do teu corpo,
Que transpira e transcende numa dança fugaz.
Deixe-me aqui imaginar, todas as coisas que poderíamos fazer, e tantas outras que talvez nunca faremos.  É na sua companhia que quero me embriagar. Deixe-me chorar esta noite.
Deixe-me afogar em sentimentos que não existem, iludir-me com você que nem existe. Meu estranho, deixe-me simplesmente levitar entre seus braços e seus abraços.
Sinta... Consegue sentir, é o pulsar do meu coração. Combina com o seu... sinta com o seu coração.
Não há palavras que possam explicar o amor que sinto nesse momento... não, não é amor.
Amor é outra coisa, para falar a verdade, amor não tem nada haver com isso. Isso é mais, isso é fulgaz, passageiro, caloroso e superficial.
Isso é prazeroso meu caro amigo, isso é prazer e nada mais.
Deixe-me tocar meus lábios nos seus lábios, deixe-me fazer amor com sua voz, deixe-me embriagar com sua saliva.
Prenda minha respiração, beije meu pescoço como quem beija a alma de alguém. Transcenda, cresça em mim evolua em mim. Sinta as curvas lisas do meu corpo.
Beije meu corpo sem medo, entrelace seus dedos longos em meus cabelos, negros como a noite que nos entorse, e torce e nos embriaga.
Deixe-me aqui sozinha, com minha culpa. Mea culpa perdoname.
Sou carne, sangue e luxuria.
Estou dividida entre dois, entre dois sentimentos. Porque dividir? Porque separar? Algo que faz parte de um. Me tome para si.
Me obrigue, por favor.
Leia nos meus lábios, até que eu me enjoe de você.
Assopre-me longamente com seu halito quente, para tentar aliviar o fogo que parte de dentro de mim. Me inebria e toma conta da minha mente, insana, loucamente insana. Chova-me.
Escorra as gotas do seu amor, no meu corpo. Morra!
Morra dentro de mim, e revivas várias e várias vezes, até que não sobre nada! Meu amor, eu não te amo.
Parte de mim deseja-te ardentemente, parte de mim deseja o seu amor para mim.
Até que não exista mais nenhum sentimento. Até que exista apenas paz
Até que eu esteja em paz com meus pensamentos. Até que eu me canse... Até que eu não queira ser mais sua.

Abrace-me esta noite, e esta noite eu serei sua. Apenas sua.


Texto de Sara Maria...

Devaneios

4 de dezembro

Em meio a tantos conflitos nos encontramos, nas idas e vindas da vida, num dia de chuva forte. Sentados conversando sobre tudo e não dizendo nada, sem perceber foi chegando tocando, no beijo percebemos que algo foi achado. Algo inconstante, variável, mas, intenso. Algo puro, belo, simples... Eu não me recordo qual foi o momento em que cheguei ao ápice dessa energia de estar contigo, mas foi maravilhoso. Seus olhos fitavam a dança das minhas mãos como uma criança acompanha o andar das formigas... Minhas mãos balançavam a minha alma no ritmo da musica suave que invadia os meus sentidos. A pele se levava por um impulso de querer mais de sentir mais, a melodia que só os que são doidos entendem continuava a tocar. O desejo existia mas não dominava era apenas um tempero no saboroso encontro de corpos e união de almas. Distantes por coisas de cada um e perto por coisas nossas que ninguém tem o direito de entender. Pois é...
Dentro e distantes da própria realidade.

Regis e Maria.
 

sábado, 14 de dezembro de 2013

Pedaço...

Seja a vontade de se experimentar de saber quem é e o por que é.
Seja forte mas humana, respire as novidades da vida, seja o que tiver que ser...
Vivemos cada dia acreditando ser apenas mais um, pois terá o amanhã para corrigir os erros e desafetos que fizemos na caminhada e um belo dia acordamos numa cama e vemos que não da mais tempo pois todo o tempo se foi, perdido em achar que havia tempo...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Monnique Reis

Saudade já foi tão falada por pessoas com muito mais habilidade nas palavras que eu, tantas coisas belas para exemplificar esta palavra.
Hoje meu peito apertou forte quando acordei pois em sonho você estava me visitando no começo reclamando de como não te dava muita atenção em nossas conversas pela internet e no instante já sorria com os olhos brilhando me dizendo da saudade de nossas conversas de calçada, regadas a tereré e piadas da vida.
As palavras pulam do meu peito pra dizer que sinto saudades de você de como era bom, sinto falta das batalhas diárias no trabalho na luta que estava a sua e a minha vida e de como no fim sempre dávamos risada de um jeito ou de outro sempre sorriamos nem que fosse chorando.
Faz falta  teu abraço que me acalmava não importasse a situação de como olhávamos a vida passar, de como eu sempre dizia que o amor pode estar na próxima esquina e você ria por me achar um doido, dos cigarros compartilhados que ajudavam a diminuir a dor.
"- Se hoje a terceira e a segunda mulher mais belas do mundo quisessem ficar comigo eu as recusaria.
 - Por que meu caro?
 - Pois não as quero.
 - Mas e mulher mais linda do mundo?
 - Bem esta... é minha amiga que esta muito longe."
Você foi uma das amizades mais preciosas que já encontrei na vida, e hoje mais forte que nos outros dias estou sentindo saudades.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Rastro

No rastro da estrela cadente que é nossa vida, pois brilhamos forte voamos pelos céus da existência e apagam com um ultimo suspiro de vida, levamos nada e deixamos apenas lembranças para aqueles que um dia viram o brilhar de nossa vida.
Quando crianças via a existência como algo magico onde tudo podia acontecer pois minha imaginação me levava e criava tudo...
Na adolescência lutei para mudar o mundo torna-lo mais belo, protestei sonhei...
Minha vida adulta bela, frágil e gentil, durante algum tempo acreditei ter encontrado e estar vivendo meu sonho, no entanto era o sonho que me moldava me levava por caminhos que não queria traçar... era o certo a fazer.
E o sonho acabou se desfez e eu adulto frágil me perdi, caminhei por todos os lugares que quis sem saber o que procurar se é que tinha algo a procurar.
Hoje a estrela no céu me mostrou a sua luz, somos humanos fadados a acabar um dia na sombra da noite e só importara as lembranças deixadas de bom grado a quem mereça ter.

O fim de um começo

Sonhos feitos desfeitos e refeitos ao bel prazer dos sonhadores para realizar seus mais secretos desejos.
Esperei as palavras elas eram ásperas e desconexas, então sonhei com a canção.
Supliquei pelo encontro, viajei pela imaginação fantasiando o que poderia ser.
Pedi o toque mas vieram apenas o sentir das lagrimas em meu rosto.
Desejei ser perfeito mas é apenas humano.
Eu quero quebrar as barreiras, explodir os conceitos, me refazer na minha essência pura e volátil, ser simples e complexo poeta e advogado, filosofo e matemático.
Simples para dizer sim, Complexo para manter um certo mistério.
Poeta dizendo do sentir de mil maneiras, Advogado para me defender de suas acusações.
Filosofo sempre lembrando das questões que importam, Matemático para resolver a equação tornando um mais um igual a tudo que importa.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Segredo

Certa fez me disseram que segredos são feitos para serem descobertos revelados. Tenho os meus e todos tem os seus que cedo ou tarde se mostram, no entanto alguns permanecem por tempo de mais guardados tanto tempo que nós mesmos começamos  a duvidar que o mesmo realmente ainda exista.Depois de tanto tempo me questiono se deveria ter guardado tal segredo, bem é hora de contar ou melhor começar a contar...

Se existe aula mais chata que a de Antropologia é a de PELPF, e sim o tédio me domina nessa aula, não conseguia prestar atenção naquilo. O sono já estava chegando quando o Eric bate no meu ombro:
- Vem cara, bora comigo?
- Pra onde?
- Pro bar.
- Fazer o que lá, mano?
- Tem alguém pra gente encontrar lá.
- Quem?
- Ai, eu já não sei Marcos, vamos logo.
Seguimos para nosso laboratório, não tinha ninguém conhecido sentamos pedimos uma cerveja e ficamos por lá jogando conversa fora e por um tempo foi bom. Foi quando eu vi aquela cabeleira, uma morena linda chegou,  olhos castanhos lindos e profundos, seus cabelos compridos e encaracolados. Ela estava acompanhada de uma outra morena, eram muito parecidas, mas também eram diferentes a segunda era um pouco mais jovem.
Eric olho pra mim e disse:
-Chegou quem a gente devia encontrar hoje.
-Quem?
- Elas.
Apontando pras duas morenas que tinham chegado ele levantou e foi em direção as duas, conversaram um pouco e vieram os três pra mesa.
- Bem esse é o Marcos, Marcos essas é Eloisa e a Carla.
A mais velha era a Eloisa.
- Por que você não me disse que tinha combinado com duas gatas, teria vindo mais rápido e mais bem arrumado.
O sorriso foi retribuído, Eloisa responde pelas duas.
-Desculpa te decepcionar, mas não tinha nada combinado alias nem conheço esse doido. Mas que parece ser bem interessante. E você é interessante também?
- A cobra acha o sapo muito interessante.
Os risos foram inevitáveis, conversamos como se nada mais existisse naquele bar, Eric e Carla estavam entretidos numa conversa só deles, Carla apesar de parecida com a Elo tinha suas diferenças o seu cabelo era mais curto e a pele um pouco mais clara e bem mais doida. Falamos e falamos e por um tempo foi bom.
Era tarde e pra mim já era hora de ir pra casa, afinal a Mary estava me esperando, não dava pra demorar muito.
- Bem pessoal eu preciso ir amanhã tenho que trabalhar e é bom dormir um pouco.
- Poxa, mas já?- Elo me fala com um sorriso que conseguiu me deixar sem graça.
- Sim, preciso ir.
O Eric e a Carla nem deram bola para o que eu falava, estavam se entendendo.
- E ai, vão querer uma carona?
-Bem eu aceito, Carla você vem comigo ou vai ficar ai com o Eric?
- Valeu a oferta Marcos, mas eu e a Carla vamos ficar mais um pouco, afinal estou de folga amanhã e ela também.
- Bem somos eu e você, pra onde Elo?
- Vamos até o carro que eu te conto.
Pegamos e carro e partimos no rumo que ela me indicou.
- E ai que você faz além da faculdade, Marcos?
- Eu trabalho com curso profissionalizante, dou aula no curso de Barman e Garçon.
- Você ensina as pessoas a carregar bandeja.
- Se fosse tão simples. Mas sim em resumo é isso mesmo e você,  Elo o que faz além de faculdade de letras?
- Cuido da minha irmã, como eu disse nós perdemos nossos pais há algum tempo então eu cuido dela e ela de mim, grana vem da pensão que nosso pai deixou.
- Mas você disse que tem sua avó.
- Sim, mas ela é mais preocupada em manter as aparências para os amigos que ela não gosta e que não gostam dela, nunca se preocupou muito comigo ou com a Carla. Aprendemos desde cedo que se não cuidássemos uma da outra ninguém faria.
- Que bom, irmãs que se dão bem isso é legal. Agora que estamos só nós dois, o que o Eric disse pra convencer vocês a sentar com a gente?
- Ele disse que, você tinha chamado ele pro bar por que, iriam encontrar as duas mulheres mais lindas do mundo lá e quando ele nos viu teve certeza que éramos nós duas.
-Ele é doido mesmo, mas que bom que deu certo, gostei de te conhecer além de bonita você é bem inteligente e gosto de conhecer gente inteligente.
- Nossa esse é o primeiro elogio que eu recebo de você, estava começando  a acreditar que você não me achava atraente...
O silêncio que precede o beijo, aquele momento onde tudo fica quieto o tempo para fica o clima. Conhecia bem aquilo, e sabia que tinha que acabar com ele ali.
- É aqui, chegamos.
Parei o carro em frente a casa dela, fiquei esperando ela descer.
- Então Marcos, qual o problema?
- Nenhum Elo, esta entregue.
- Qual é, cara você ficou calado de repente.
- Somos adultos, aqui certo então direto ao assunto. Fiquei muito a fim de te beijar, você é linda, esperta, inteligente e mais um monte de coisas belas que posso falar de você, mas não posso ser nada além de um amigo pois...
- Você é casado.
- Sim, sua companhia foi ótima, então sem beijos para nós.
- Você é realmente interessante, eu fiquei na duvida se estava afim de mim ou não e quando descubro que sim, simplesmente não vai rolar.

Entre gargalhadas e mais gargalhadas nos despedimos, ganhei minha noite mesmo não ganhando o beijo. E sendo sincero comigo mesmo naquela noite não fez falta, afinal eu amava a Mary e jamais a trairia e por um tempo foi bom.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Dezembro

Palavras me faltam para expressar o que sinto, fotografias de uma memória distante e viva vem a cabeça como peças de um jogo sem fim onde o ganhador também é o maior perdedor.
o sussurrar das coisas perdidas e das peças encontradas em meio as loucuras de Dezembro mês de encontros perdidos e desfeitos, mês de afetos extravasados e encontros inesperados e outros tão aguardados.
Caminhamos por todos os messes do ano aguardando Dezembro, pois é nesse mês que todas as loucuras são permitidas na tentativa de salvar o ano, para que possamos dizer que o mesmo foi bom...
E na melodia de dezembro misturada com um blues me encontro iniciando esse ciclo completamente viciante da loucura dessa época. Inicio uma dança sublime diante das 4 paredes de dezembro com aquele ar de fim e ao mesmo tempo recomeço. Sim eu quero me entregar a dezembro, fazer de todos os dias meu aniversário, ter comigo na cama uma garota interessante que embora seja cheia de medos me propôs, viver a loucura de dezembro. Quero amanhecer cada dia desse mês, numa intensidade diferente, quero fazer desse mês a minha ultima chance de ser feliz.
Pois como dizia o poeta, "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar pra pensar na verdade não ha".