quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vazio

Ola meu velho amigo,
Mais uma vez venho te visitar com minhas angustias e meu eterno sofrer com o que virá, passei por dias felizes que me fizeram mais uma vez sonhar, como bem sabe sou muito de sonhar acordado levado por uma crença que o ser humano no fim pode ser bom. Digo que a falta de amor em alguns seres são o que produzem tantas faltas tantos erros e magoas, e sempre movido por essa crença boba me entrego a um sorriso, a um olhar a gritos de socorro me lanço ao abismo sem pensar, no meio da queda percebo que o voo não pode ser solo e me despedaço no chão frio e sem vida.
Levanto minha cabeça e mais uma vez vou lá catar os pedaços de meu coração de carne, que pulsa recoloco no peito e ele bate forte, como que reclamando da dor, bate apertado o cérebro racional como sempre faz o levantamento pega as lembranças boas faz seu balanço, diz ao coração que valeu a pena uma nova lição, uma nova historia...
Me recomponho entre os destroços de uma jornada, sento em meu canto e como homem adulto e responsável que sou choro, deixo as lagrimas lavarem meu rosto, elevo meu pensar aos céus agradeço por viver e ter a habilidade de amar, penso em algo pra me distrair, talvez um novo beijo, um novo sorriso, penso em milhares de coisas mas no fim acabo na sua companhia.
Sua companhia me dói, me sufoca mas no fim somos eu e você sempre colocando a vida num eterno amar e sofrer um ciclo que parece que nunca se romperá.
Insisto sim em viver, em te deixar quieto ali sem te alimentar, e sempre volto aqui onde nada mais importa te olho nos olhos vejo o quão grande tu és, me levanto abro um sorriso e mais uma vez te deixo pra trás, nunca te matarei de vez no entanto nunca mais te alimentarei meu grande vazio.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Eu que amo uma Borderline

Como contar uma historia que não tem fim, mas que tem um meio e um começo, levantar e abrir os olhos buscar instintivamente o celular para ver uma mensagem uma ligação perdida, a logica ilógica dos corações e mentes humanas a muito uma ligação não é um sinal de alegria, se tornou uma ingonita de sentimentos vastos.

O que devia ser leve tornou-se pesado difícil de carregar, as indecisões fustigam a alma do que é o amor, aquele sentimento de que mais nada no mundo importa que as horas passam voando, onde o sorriso é fácil e a melhor coisa do mundo. Longas horas de discussões infrutíferas de velhos assuntos tratados e destratados, um mergulhar na dor apenas pela dor sem proveito sem lições. Um eterno campo minado de incertezas, bombas que explodem com qualquer palavra solta em meio a uma frase inteira de declarações de amor.

Caminhar ao lado da loucura alheia e incompreensível de alguém que nem se da conta da dor que é amar alguém que não se sabe se vai rir ou chorar de uma palavra, que num momento te odeia e no outro te ama.

Uma imensidão de amor que a qualquer momento pode ser uma eterna agonia sem sentido, uma raiva ou ódio. Mas tento contar a historia que não tem fim a partir desse emaranhado de palavras pois pra quem ama uma borderline é assim um emaranhado onde o fim pode ser o começo e o meio pode ser tudo menos um meio de se conhecer quem realmente esta ali.

Síndrome de Borderline, ou transtorno de personalidade Limítrofe, é uma grave doença psicológica. Os indivíduos com a síndrome de Borderline vivem no limite entre a normalidade e os surtos psicóticos.
As dificuldades para se relacionar, oscilações de humor e impulsividade são algumas características da síndrome de Borderline que o paciente pode apresentar, atingindo também as pessoas que o cercam. Esses sintomas começam a se manifestar na adolescência e se tornam mais frequentes no início da vida adulta.
A síndrome de Borderline é, frequentemente confundida com esquizofrenia ou transtorno bipolar, porém possui características diferentes, como a duração e intensidade das emoções.

Sintomas da Síndrome de Borderline

Os sintomas da Síndrome de Borderline podem ser oscilações de humor, agressividade, irritabilidade, depressão, automutilação, comportamentos suicidas, medo de abandono, dificuldade em lidar com as emoções, mudanças de planos profissionais e nos círculos de amizades, impulsividade e baixa autoestima.

Diagnóstico da Síndrome de Borderline

O diagnóstico é feito através de características do transtorno, observadas por um psicólogo ou psiquiatra, e por experiências relatadas pelo individuo. É importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de outras doenças.
O diagnóstico da síndrome de Borderline pode ser longo e complexo. Devido à semelhança com outras síndromes, é muito raro obter o diagnóstico precoce dessa doença.

Tratamento da Síndrome de Borderline

O tratamento é feito através de uma combinação de medicamentos e de acompanhamento psicológico. Os medicamentos usados com mais frequência no tratamento da síndrome de Borderline incluem anti-depressivos, estabilizadores de humor e tranquilizantes.
A psicoterapia é o principal tratamento utilizado, porém requer paciência e força de vontade do paciente. É na psicoterapia que o indivíduo aprende a lidar e controlar as suas emoções.
síndrome de Borderline não tem cura, porém o tratamento ajuda a diminuir as crises de personalidade na doença.
Dr. Arthur Frazão
Ok a definição dada a doença esta ai, mas e eu que amo uma Borderline faço o que?

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Lá fora

Lá fora há medo, escuridão. 
Lá fora há a violência de um mundo inteiro contra um. 
Lá fora há o fracasso que se é obrigado a vestir, a cada qual cabe um nome diferente, mas é tudo o mesmo tipo humano de fracasso.
La fora a realidade, dura como uma bofetada na cara, aqui dentro, o desespero. 
Há também o desespero em cada um, o desespero que em cada sombra espreita um coração e todos os corações foram tocados por esse mal.
E desses fenonemos mundanos, há no enunciado de nossa sentença a variável da loucura, la fora a loucura espreita em cada boeiro e buraco no cimento, em cada janela de venezianas completamente lacradas e no silêncio da indiferença, aqui dentro a loucura grita, a loucura cheira cocaína, a loucura trepa e me faz trepar, a loucura agarra o seios e os apaixona pela boca, a loucura molha o sexo. Aqui dentro tudo é brilho e efusão de cores. 
Aqui dentro os meus amigos são sempre mais loucos do que eu, mesmo que por dias eu pareça voar mais alto. Aqui dentro eu sou normal, e também são eles, nos amamos, desafiamos, criticamos e denegrimos, seja ao lidar com uma puta bad duma puta trip, ou a bolar os nossos ultimos baseados.
E lá fora... lá fora tem neblina, e naquela neblina não se acha os amigos. Eu prefiro morrer aqui, de loucura, de orgasmo, de desespero, de música e poesia e esperança. Porque onde se encontra os amigos é onde se acha esperança. E eles sempre estão aqui dentro.




Texto de Daphne Martins

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O Escuro

A visão esta turva, neblinada por uma confusão de sentimentos pensamentos pesados feitos com uma sobrecarga de um dia estranho... acompanho meu corpo vagando por aquele corredor escuro as luzes não acendem, no escuro me arrasto até a cama não sei o que esta acontecendo, não vejo sentido em nada do que falo ou faço ainda assim continuo o caminho para o escuro.
Na escuridão me entrego ao sentir mais intenso e escuro de minha alma, olho ao redor não tenho ninguém estou só. Na solidão, preso com o meu lado mais sombrio, mando mensagens, ligo só piorando o que fiz nesta noite onde me tornei apenas um passageiro no meu corpo.
Na angustia de não sentir nada, sinto o dor, a lamina toca minha perna um grito de meu corpo me faz voltar, a alma brilha com uma luz fraca, corro para perto de quem sei que me quer bem procuro refugio, choro, sinto medo, mas estou vivo e pronto para continuar a luta contra o vazio.