sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Novembro, Dezembro e Janeiro.

Em Novembro eu sonhei, diante de tanta coisa de tanta dor eu sonhei... Esse mês me fez sonhar estava tão desesperado por encontrar meu Eros e fugir do Thanatos que nem me dei conta do quanto sonhei. Projetei minhas esperanças em algo tão disforme e doente que nem reparei que o quanto machucado de verdade estava, fugi para um sonho e me entreguei a ele, e num leve despertar procurei outros e outros. Em Novembro eu sonhei.
Dezembro me deixei levar pela loucura de não ser apenas sentir, ver o mundo como se não existisse um novo dia, dancei na sala vazia com meus desejos e meus sonhos, olhei minha vida como se fosse apenas mais um filme francês perdido na prateleira empoeirada de uma locadora abandonada onde seus personagens apenas viviam num curto espaço de tempo, destinados ao esquecimento. Em Dezembro meus olhos vislumbraram o infinito de sentimentos, amor raiva, desejo, tudo misturado e entregue as coisas passageiras. Me entreguei a um sonho novamente mas por puro desejo de que fosse verdade. Já que não importava mais se era apenas um sonho, era a loucura de viver do lado de fora que importava, só isso nada mais. Em Dezembro vaguei pelo lado da loucura...
Janeiro chegou, o despertar completo da viajem sem limites, o fim do sonho louco, e das noites de frio. Pois é fria a solidão de achar que tem algo que nunca foi seu.
Os gritos de uma alma amiga me fizeram despertar e perceber o quanto de mim tinha perdido e o quanto a loucura me levou, amar é verbo que não se conjuga só. Dura lição aprendida no despertar.
Em Janeiro eu acordei, e descobri que o bom de sonhos e loucuras ilusórias é que elas se apagam e caem no esquecimento, na alma só fica a experiencia.

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