domingo, 29 de novembro de 2015

Vinte e nove

Sou um emaranhado de tudo, vontade de mundo. Observo a vida e assim pareço simples passageiro dos dias, nada é o que parece a fúria, a calma, o sorriso, a lama tudo é igual.
O mal cheiro de corpos deslocados buscando atenção descabida, fútil. O descompasso das almas que esquecem que isto é só caminho, que no final somos apenas peças de um mundo frágil e vil... O que somos ou que vivemos em nada serve estamos morrendo, de formas tão baixas e tediosas que nem percebemos o fragmentar da própria existência humana.
Perdemos a receita que  nos foi dada ¨Ama-i ao próximo como a ti mesmo¨, e como amar ao outro se não sabemos nem nos amar? Nos damos frágeis bem-estar achando que isto é nos amar, dinheiro no banco, sorrisos amáveis de pessoas desejáveis, poder, respeito, carinho se pensarmos bem são todos passageiros e reencontráveis e nos darmos isso não é realmente nos amarmos.
Nos amar e sermos capasses de viver com essas coisas sem abrirmos mão de nossa essência, sabendo que isso alivia a caminhada mas ainda assim somos únicos e feito de uma coisa que nunca seremos capazes de afirmar com certeza o que é. Respeitar nossa fonte, nossa alma sabermos o que nos torna diferente, o que de bom e de mal temos em nós e podermos viver com isso sem medo.
Por sermos o que somos não perder o carinho, o respeito, o sorriso, o dinheiro.
No fim nos amarmos é sabermos quem somos e que no fim é o que realmente importa, e ai sim poder amar ao próximo como nos amamos.

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