domingo, 11 de setembro de 2011

Flores de papel ( continuação sem correção)

Como todas as historias que ouvi quando era criança, essa que vou lhes conta não poderia começar de outra forma, então comecemos com.

Era uma vez em uma cidade onde o clima é tão surpreendente que não se sabe quando vai chover ou se fará frio principalmente nesses messes de junho e julho, em uma noite fria depois de um dia de calor  o tempo fechou com as nuvens prometendo uma forte pancada de chuva mas ao invés disso o tempo, querendo fazer graça com os seres que ali vivem apenas esfriou e deixou o céu com uma neblina cheia de mistério.

Em meio a esse clima uma jovem anda com passos apressados, seus cabelos compridos, estão soltos, seu corpo está com frio, esquecera o casaco em cima da mesa no trabalho.

Ao chegar à faculdade ela se senta na primeira carteira que encontra vazia e por coincidência ou não do lado do único amigo que ela tem nessa turma. Sergio um rapaz de pele morena, de risada fácil tem o cabelo perto dos ombros, olhos castanhos e que para Ana às vezes parece esconder uma tristeza enorme, mas ele nunca parece estar triste e para Ana o dia que ele quiser conversar, ela vai estar pronta, mas enquanto esse dia não chega é ela que de vez em quando chora em seu ombro, ele será um excelente terapeuta como ele deseja ser.
Ana, nossa heroína tem seus cabelos escuro como a noite e seus olhos castanhos contrastam com sua pele branca, os traços de seu rosto trás uma alegria que transborda quando ela sorri.

 Ao fim da aula Ana e Sergio saem juntos em direção ao estacionamento,
 -Sergio, você sabe se tem alguma vaga de estagio no hospital?
 -Olha Ana, tinha uma vaga. Para acompanhamento do pessoal da fisioterapia.
 -Você pode ver se ainda tem a vaga estou querendo trocar de estagio o meu está muito puxado e muito distante de faculdade.
 -Tudo bem eu vou ver isso para você.

É incrível como as coisas podem mudar tanto na nossa vida.
Desde que seus pais e seu marido faleceram a cerca de dois anos Ana tem passado, os dias, sozinha. E em dias como esse ela se lembra, como foi receber a informação que toda sua família havia morrido naquele acidente, a dor em seu é tão grande que não se tem nada a fazer a não ser chorar. Mas hoje não. Ela não vai chorar, ela liga o computador e tenta ocupar a mente com trabalho e com conversas com os amigos distantes. Ao abrir os e-mails ela percebe um convite de um novo contato, apesar de não conhecer o contato ela o adiciona.
Logo em seguida recebe um e-mail do contato:

You need love
Is the way
Vamos cantar nossas canções
Celebrar nossas paixões
Is the way
Veja o dia com alegria
Sempre sorria
Is the way
You need love
Is the way
Sonhe sempre com a felicidade
Lute pela liberdade
Is the way
Escreva todos seus poemas
E resolva todos seus problemas
Is the way
You need love
Is the way
Viva toda amizade
Leve a vida sem vaidade
Is the way...

Bonito texto quem será que mandou? Com essa pergunta ela adormece.

Ao acordar Ana percebe algo diferente em sua casa, em cima da mesa perto do seu computador tem uma flor de papel, ela fica assustada será que alguém entrou em sua casa. Ela procura para ver algum sinal de invasor, mas não encontra nada, nenhuma de suas coisas havia sumido apenas a flor estava lá.
Mesmo assim por precaução ela troca as fechaduras da casa. No trabalho ela conta para as colegas, o que acontecera elas ficam preocupadas poderia ser alguém tentando fazer mal para ela, mas o que uma flor poderia causar. O dia de trabalho foi corrido com o processo de seleção dos funcionários de uma fabrica que irá abrir todos na agencia de empregos estavam muito atarefados não dava para pensar muito em como aquela flor apareceu em sua casa.
A noite na faculdade ela contou para o Sergio o que havia acontecido, ele achou estranho e como sempre fez parecer uma coisa legal.

 -Vai ver é alguém querendo te conquistar. E é tímido demais para chegar e falar.
 -Não sei. Se for isso que ta tentando conseguiu foi é me deixar assustada.
Ela chega a casa, e pede para o Sergio ir com ela para ver se esta tudo certo.
 -Nada. Esta tudo certo, querida ninguém entrou em sua casa.
 -Grata. Até segunda.
 -Sim até segunda.

Eles se despedem e ela entra em casa, tudo do jeito que ela deixou. Nenhum item estranho e nada fora do lugar, ela resolve tomar um banho vai aproveitar o fim de semana para estudar e descansar um pouco, afinal a semana foi dura.
Após o banho ela vai olhar os seus e-mails, tudo como sempre nada de importante, mas antes dela desligar recebe mais um e-mail.

“Quando a solidão vem em noites de lua, basta respirar e tentar encontrar em você o silêncio que fará com que encontre todas as respostas. Um menino que anda pela rua com frio e com fome pode ser o homem que um dia vai construir o mundo que tantas pessoas sonham ou pode ser o que vai destroçá-lo, mas quem pode julgar o que esse menino é ou não capaz de fazer. Há apenas uma coisa que podemos fazer é tentar orientar esse menino para que ele mude o mundo e não queira destroçá-lo.”
Intrigada com mais essa mensagem Ana manda uma resposta.

“Quem é você que me diz tantas coisas e não diz seu nome?”
Ela envia a mensagem e vai se deitar.
 Manhã de sábado Ana levanta e vai preparar seu café, o dia esta calmo, como ela estava precisando disso. Hoje ela vai preparar os trabalhos da faculdade e terminar os relatórios do trabalho e depois bem depois ela vai simplesmente relaxar.

Ao ligar o computador ela percebe que recebera uma resposta ao questionamento feito.

“Para escutar o que tenho a mostrar, você só precisara de uma coisa... A capacidade de olhar para o novo como algo conhecido e para o velho como algo totalmente desconhecido...”

“Entretanto se ainda precisa de um nome para ver o que tenho a te mostrar chame-me de CIRE.”

Os lábios de Ana formam um pequeno sorriso, e de repente ela se vê interessada em descobrir quem é essa pessoa.

Mas logo se desfaz da idéia e segue com seus afazeres, o dia transcorre de forma calma e ela consegue terminar tudo o que tinha a fazer. Ela passou o dia comendo umas frutas e nada mais, então ela decide comer alguma coisa e ao abrir a dispensa ela encontra outra flor de papel.
Apesar da preocupação de alguém ter entrado em sua casa algo naquela flor faz ela se acalmar. Ela vai e prepara seu jantar, após o jantar o telefone toca:

-Alo.
-Oi. É o Sergio como você esta?
-Estou bem e você?
-Bem. Querida eu conversei como meu chefe e ele vai te arrumar o estagio no hospital.
-Que maravilhoso Sergio.
-Passa na segunda para conversar com ele as 11h00min. Tudo bem?
-Sim, grata meu amigo.
-De nada tenha uma boa noite.

Ela vai se deitar com o coração mais leve e satisfeita, pela possibilidade de um novo estagio.
O domingo começou tarde, acordou com alguém batendo em sua porta.
-Ana?
-Sim
-Tenho uma entrega para você.
-Esta bem, grata.
O homem Le entrega uma pequena caixa e sai. Na caixa havia outra flor de papel e um bilhete.
           Ana,
       As flores que lhe dou não tem o intuito de te assustar mas sim de prepará-la para o novo mundo que vem surgir, depois de muita turbulência em sua vida, agora é hora de você encontrar o que te falta.
CIRE

Ela corre para frente do computador, com o pensamento de falar umas poucas e boas para esse estranho, afinal quem ele pensa que é, prepará-la com coisa que ele me conhece.

Olha não sei quem você é, mas porque esta me enviando flores, alias como você entrou em minha casa para por essas flores aqui dentro?
A resposta vem logo em seguida.
As flores são o que são a beleza surgida da deformação do papel, eu sou o que sou, apenas um mensageiro que esta aqui para mexer com você te provocar e deixar que seus instintos a guiem, você sabe que não sou um perigo, ou melhor, você sente isso.

Ela responde.
Você só sabe falar por enigmas não fala direto. Quero uma resposta simples como você pôs essas flores aqui dentro da minha casa?
Uma nova mensagem de CIRE
Sinta o mundo minha querida e quando senti-lo ira me ver e terá suas respostas, prometo que não irei mais lhe mandar essas flores, mas quando quiser falar comigo basta me entregar uma flor.

Ana começa a ficar intrigada como vai entregar uma flor para quem ela nem conhece. E manda uma ultima mensagem.
Como e porque vou querer falar com você?

A resposta
Você vai sentir.

Ela desiste de falar com esse estranho e vai cuidar da vida.
No dia seguinte vai a entrevista e consegue o estagio, agora ela fará o acompanhamento psicológico das pessoas que fazem fisioterapia no hospital. Começa na terça.

Na terça ela encontra com Sergio no hospital.
-Oi, querida que legal, somos colegas de trabalho também.
-É somos sim.
-Vem que vou mostrar as coisas para você.

Eles andaram por todas as alas do hospital e ele mostrou o que ela precisava exceto a ala onde o Sergio trabalhava que era a ala dos pacientes em coma. Então Ana o questiona.
-E a ala onde você trabalha?
-É né, vamos lá.

Eles entraram e ele mostrou as salas das enfermeiras e as coisas corriqueiras do hospital e foram em direção aos quartos dos pacientes havia uma senhora que estava lá fazia alguns messes, foram em direção a outro quarto ao entrar Sergio teve uma emergência e teve que sair, Ana ficou observando o homem que estava deitado na cama parecia estar apenas dormindo, ela o observa por um tempo, por algum motivo seu coração dispara ela se aproxima e vê seu prontuário seu nome é Eric esta em coma a alguns dias, ela se direciona até a porta mas volta, pega um guardanapo de papel, o dobra até que pareça uma flor e vai até a porta e saindo ela diz:

Estou te esperando para conversar CIRE.








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